No mundo empresarial moderno, a sustentabilidade tornou-se um imperativo incontestável. Não apenas as grandes empresas, mas também as pequenas e médias empresas (PMEs) devem, neste sentido, adotar práticas sustentáveis nas suas operações. O motivo é claro: além de ser uma responsabilidade moral, a sustentabilidade também se tornou um requisito legal e uma demanda crescente dos consumidores e investidores conscientes.
É nesse contexto que surge a Estratégia Nacional ESG para PMEs Exportadoras. Esta estratégia visa capacitar as PMEs para integrar padrões de Ambiente, Social e Governança (ESG) nas suas diversas operações, tendo já 1500 pessoas inscritas, entre empresários, consultores e outros interessados.
O texto do Jornal Público destaca a importância crucial dessa abordagem para as PMEs. Com a legislação europeia que vem exigir relatórios de sustentabilidade, as empresas terão de estar preparadas para demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade, não só para fortalecer a sua reputação e relacionamento com os stakeholders, mas também assegurar conformidade legal e acesso a oportunidades de mercado emergentes.
Uma das principais preocupações abordadas no texto é a necessidade de evitar o greenwashing, ou seja, a prática de enunciar declarações falsas ou exageradas sobre práticas sustentáveis. Em vez disso, as empresas deverão adotar uma abordagem genuína e transparente para a sustentabilidade, incorporando métricas sólidas de ESG nos seus relatórios e operações. Além disso, a estratégia reconhece a importância de incluir sustentabilidade económica e financeira nas considerações das PMEs. Embora o foco principal esteja nos aspectos ambientais e sociais, é crucial garantir que as são economicamente viáveis a longo prazo.
É neste sentido que o Público menciona o curso online, lançado a 12 de março, desenvolvido pelo
Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados, cuja coordenação científica é da responsabilidade da Professora Lucila de Almeida, professora na NOVA School of Law e coordenadora do NOVA Green Lab. Além de uma vista panorâmica e prática sobre as normas existentes para os relatos de sustentabilidade das empresas e quais as métricas mais relevantes, o curso destaca a “materialidade” do impacto não só dos riscos e oportunidades externas na actividade das empresas mas também do impacto que esta tem na economia, no ambiente e nas pessoas.
Em resumo, a Estratégia Nacional ESG para PMEs Exportadoras representa um passo significativo. Ao capacitar as PMEs para integrar sustentabilidade nas suas operações, apoia-se a construção de um futuro mais sustentável e fortalece-se a resiliência e a competitividade das empresas no mercado global.
